Atualmente
os brinquedos e brincadeiras se fazem presentes na forma de transmitir
conhecimentos na educação infantil, visto que, essas ferramentas auxiliam e
muito no processo de desenvolvimento intelectual das crianças. A partir do
brincar os mesmos se desenvolvem enquanto sujeitos, adquirindo saberes
naturalmente, de forma prazerosa e significativa.
Quando
falamos do brincar no processo de desenvolvimento das crianças, podemos nos
apoiar em diversos teóricos educadores socio-interacionistas como: Lev
Vygotysk, Henri Wallon e Jean Piagt, autores esses que trouxeram inúmeras
contribuições para educação.
Segundo
Wallon, a aprendizagem não depende somente do ensino de conteúdos. Ele afirmava
que é preciso dar importância aos interesses das crianças, deixando-os livre
para fazerem descobertas. Para Wallon, a diversão deve ter fins pedagógicos,
possibilitando às crianças o despertar de capacidades, como a comunicação com
os colegas e o desenvolvimento de capacidades intelectuais.
Já
Piaget voltou a atenção para o que as crianças pensam sobre tempo, espaço e
movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as
faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com
experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de
compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
De
acordo com Vygotsky faz-se necessária a interação entre os pares no processo de
aprendizagem. A partir da interação as crianças trocam conhecimentos, descobrem
novos saberes e os compartilham entre si. O professor também possui sua
importância nesse processo, mediando esses saberes. O educador não é o detentor
do conhecimento, sendo assim o aluno pode apreender com o meio, com as relações
pessoais que possui.
Esse
assunto também levanta muitas discussões, pois, algumas escolas e professores
utilizam o argumento da importância do brincar na educação infantil, para não
desenvolverem outras atividades. As brincadeiras realizadas nas escolas também
precisam possuir uma intenção, os educadores podem fazer uso de brinquedos
pedagógicos para trabalhar inúmeros assuntos partindo das brincadeiras.
Concluo
esse pequeno texto afirmando que, durante o brincar as crianças podem
desenvolver inúmeras capacidades como: autonomia, habilidade motora, interação
lúdica e afetiva com os colegas, entendimento de regras, aprimora seu
relacionamento social e emocional.
Carolina Miranda de Oliveira
"Esse assunto também levanta muitas discussões, pois, algumas escolas e professores utilizam o argumento da importância do brincar na educação infantil, para não desenvolverem outras atividades" Comentando esta frase que foi referida pela colega Carolina Oliveira, isso acontece imenso nas escolas públicas onde as crianças passas o dia a brincar.. Ao contrário dos privados que têm regras de rotina, desde a brincadeira ao trabalhar e esse é que deve de ser o método na minha opinião.
ResponderEliminarComo Carolina citou os teóricos Vigotysky, Wallon e Piaget, trouxeram inúmeras contribuições no campo da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Aprendemos também por interacções com demais pessoas de forma geral e devemos levar sempre em consideração o que o outro já sabe para desenvolver cada vez mais o pensamento. Brincar reúne todas algumas características para o desenvolvimento que vai desde o nascimento até a morte e por ser uma das etapas iniciais do desenvolvimento humano é necessário e as interacções levam ao aprendizado inicial nesta etapa.
ResponderEliminarTentando dar continuação ao comentário da minha colega Elodie. Não me parece que as crianças numa escola pública passem o dia inteiro só a brincar, também têm regras e princípios que têm de seguir, como lavar as mãos antes das refeições, pedir licença, arrumar os brinquedos, não magoar os colegas. Eu até acho que hoje em dia os educadores, pais, professores... Muitas vezes esperam de mais de uma criança, querem que ela saiba fazer contas, e saber ler o mais cedo possível, não lhe dando o tempo necessário para brincar e descobrir o mundo por ela mesma, preenchendo-lhe o dia com várias atividades propostas por adultos...Dêem-lhes tempo porque essa maravilha de se ser criança «pequenina» voa rápido :D
ResponderEliminarEm parte concordo com a Elodie, alguns educadores para "fugirem" talvez a algumas responsabilidades, usam a chamada hora de brincadeira livre para ocupar tempo.
ResponderEliminarPor outro lado, igualizo.me à opinião da Vitorina de que se deve parar de encarar a criança como máquina cumpridora do currículo. Há que haver tempo e espaço para uma autónoma e espontânea exploração.